terça-feira, 29 de abril de 2014

Somos todos espíritos eternos

Atira-se uma banana
E a ironia diz: sou macaco mesmo
A ironia come uma banana
E a hipocrisia diz: somos todos idiotas

Não somos macacos
(Idiotas, talvez)
Apesar de o oportunismo barato afirmar isto

Somos, de fato, espíritos eternos
Mas isto somente ouvimos no silêncio
Onde não há gritos da hipocrisia oportunista

(AEM, abril de 2014)

domingo, 20 de abril de 2014

O LIVRO DOS ESPÍRITOS E O ESPIRITISMO

Lançado em 18 de abril de 1857 O Livro dos Espíritos abriu um novo caminho na história da religiosidade e no sentido de fé e foi concebido pelo educador e escritor francês Léon Hippolyte Denizard Rivail, que adotou o pseudônimo de Allan Kardec, a partir de suas pesquisas sobre os fenômenos “sobrenaturais” que se tornaram comuns à época.

A obra se tornou a base da doutrina espírita e foi dividida pelo autor em quatro livro, estes que dariam origem às outras obras fundamentais do espiritismo. O livro primeiro de O Livro dos Espíritos, Das Causas Primárias, daria origem A Gênese; do segundo livro, Do Mundo dos Espíritos surgiria O Livro dos Médius; do terceiro, Das Leis Morais, viria o Evangelho Segundo o Espiritismo; e o quarto, Das Esperanças e Consolações inspiraria O Céu e o Inferno.
O Livro dos Espíritos tem o formato de perguntas e respostas e ao todo são 1019 questões elaboradas aos espíritos e mentores onde se aborda todos os temas que tocam o Ser e o universo; que tocam coisas dos espíritos e da matéria; vida e “morte”. Sempre conduzida por Allan Kardec com um caráter investigativo e perscrutador de forma a não escapar nada, que por vezes repete questões, tanto que não é incomum ler nas respostas a frase: já o dissemos.

Pelo caráter do mais puro do metafísico, não poderia ser diferente as formas ácidas como vieram as críticas às obras vinda de suas duas vertentes antagônicas: a cética e a religiosa clássica, embasada na época pelo catolicismo; atualmente vem das doutrinas evangélicas protestantes as críticas mais aguçadas. Porém saindo dos sentidos de crenças e descrenças nunca a filosofia espírita foi tocada e desmentida, sejam por céticos ou crentes. Jamais houve um tratado científico, filosófico, teológico ou ético que viesse de fato por dúvidas sobre as bases doutrinárias e seus principais divulgadores e trabalhadores com fundamentos de forma a desmenti-la, ou descaracterizá-la, isto já passados mais de cento e cinquenta anos. Tudo que se teve até hoje foram teorias vagas e desprovida de sentido, baseadas apenas em opiniões.

Vários ramos das ciências pesquisaram a doutrina de forma a tentarem destruí-la, mas o que de fato aconteceu, até os dias de hoje, foi o surgimento de várias doutrinas cientificas alinhadas ao espiritismo, comprovando que este realmente possui um caráter cientifico, e não poderia ser diferente, uma vez que Allan Kardec assim já postulou ao lançar as primeiras bases da doutrina.
Diga-se que Allan Kardec não temia pela Verdade, seja ela qual for, pois mesmo quando trabalhava suas pesquisas lançou a afirmativa de que se algo fosse comprovado como não verdadeiro que se esquecesse todo a doutrina, pois para ele era melhor deixar todas as verdades se necessário, mas jamais admitir uma mentira. Desta forma de conduzir seus estudos ele jamais divulgou como doutrinário algo que contivesse dúvidas.

O espiritismo codificado por Allan Kardec é sempre confundido com outras crenças espiritualistas. Como fator de curiosidade vale lembrar que as expressões espírita, espiritista e espiritismo foram criadas por Allan Kardec para se diferenciar do termo genérico espiritualismo. As expressões criadas por Kardec são referentes ao seu trabalho, enquanto a expressão espiritualismo e suas variantes são termos para designar um sentido contrário ao materialismo. Pode se dizer que o espiritismo é espiritualista, mas outras vertentes espiritualistas não são espíritas.

A doutrina espírita tem caráter cristão, a despeito do que dizem seus detratores, e isto é patente na questão 625 d’O Livro dos Espíritos, onde Allan Kardec questiona:. Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo? A Resposta vem em uma palavra: Jesus.

Mas no espiritismo não se crê simplesmente porque as coisas são como são, na doutrina sempre se é necessário uma razão; uma lógica, nunca acaso, enfim, Deus não joga dados*.

Espiritismo: filosofia, ciência e religião.
Espiritismo: Conhecimento, pesquisa e fé.

(AEM, abril de 2014)

* Não tenho fé suficiente para ser ateu, pois Deus não joga dados.
Albert Einstein