Dia que se erradia
E traz horizonte
breve
Na águia que se
atreve
Que rompe, que
ignora
O tempo e o medo
E leva segredo
De morte, de dor
Voa, alegre Enola
Rumo norte do
horror
Fazendo tua hora
De revanche e
avalanche
E deixa eterna
memória
Tal que se mil
Fuji
Em toda força se
partir
Não igualará a ti
Queime todas as
almas
Milhares te
esperam
Voa e faça luz
Voa e faça trevas
Voa e faça vir
chuva
Chuva densa, turva
E leve para sua
terra
A glória da paz
Pelo fim terrível
Da mais terrível
guerra
Voa alegre Enola
E canta tua triste
melodia
Que ao longe, lá
fora
Onde o dia irradia
O inimigo algente
Inimigo de tua
esperança
Espera-te e sorri
contente
Um sorriso de
criança.
(AEM, 2005)