segunda-feira, 7 de março de 2016

A última metáfora do Lula

O ex-presidente Lula sempre gostou de metáforas e sempre trazia alguma análise complexa para o campo do popular, para o populismo. Há até teses e livros escritos sobre as tais. Era até bom nisto. Diga-se em metáforas e populismo. Assim, pela fala do ex-presidente o “mercado tem diarreia” e “no Brasil Jesus faria aliança com Judas”. E segue por aí.
Até a sucessora tenta copiar o sucesso metafórico do ex, porém é um grande fracasso, e escorrega no dentifrício.

Metáforas, no entanto, não é uma prerrogativa exclusiva de Lula, mas do Ser Humano. E por sua característica racional e superior o Ser Humano gosta de utilizar os outros animais como astros em suas histórias. Assim temos os vícios e virtudes humanas comparados com os instintos e “talentos” de nossos irmãos de jornadas neste mundo. Algumas clássicas. Desta forma o leão é sempre utilizado como força, ferocidade; o cachorro, o amigo do Homem; a raposa, esta pode ser ambígua; etc.

As cobras, embora possam às vezes simbolizar alguém de talento, onde se poderia dizer que tal pessoa é cobra nisto, ou naquilo, é por senso comum utilizada em seu aspecto negativo da nossa natureza; então, as cobras simbolizam a traição, maldade e os venenos da alma. Algumas espécies são citadas em particular: jararaca, surucucu e cascavel. Talvez tenha a ver com o veneno tão nocivo ou com questões bíblicas, enfim, segundo o velho testamento devemos a nossa queda do Paraíso à serpente; e no livro Apocalipse há a serpente de sete cabeças. Mas isto são outras metáforas. 
E isto posto digo que Lula foi infeliz quando, em seu discurso de desagravo à condução coercitiva que sofreu, se comparou à uma cobra, no caso a jararaca.

Poderia dizer, como Ronaldo quando teve uma contusão grave: o guerreiro está ferido, mas não morto. Ainda mais ele tão fã de futebol. Sim! Se mostrar forte e tenaz. Pense na força da expressão: Quiseram matar o guerreiro, um verdadeiro leão, mas bateram no rabo e não na cabeça. E poderia reforçar: não bateram na cabeça porque temeram a fera. Que impacto! A militância teria um orgasmo social-bolivariano (eu tentando fazer metáfora).
Porém, traz a cobra como símbolo de si mesmo. Isto, penso, embora pareça bobo diz muito.

(AEM, 03/2016)

Uma revolução para o Brasil

Há muito tempo vejo a corrupção como parte do dna brasileiro. Mas chega um momento em que as coisas tem de começar a mudar. Pobre Lula e PT. Eles não inventaram a corrupção, são somente parte dela, assim como outros milhões de nós que divagam por ai. Mas este é um momento de revermos tudo.

Que oportunidade esplêndida o Brasil está tendo!

Uma oportunidade de se reavaliar como povo, como Nação; como sociedade que quer realmente evoluir como um todo e de forma verdadeira e não como mentira. Façamos uma revolução verdadeira; uma revolução de princípios, assim como os franceses fizeram a deles um dia; guardando as devidas proporções.
Os franceses fizeram a grande revolução da história. Assim como o PT e sua cúpula não inventou a corrupção, Luiz XVI e Maria Antonieta não inventaram as próprias regalias e a dos cortesãos e não foram eles que impuseram a opressão e miséria ao povo; este estado de coisas vinha de séculos antes. Porém, se os francesas se mantivessem curvados talvez ainda hoje estivessem sob algum Luiz tirânico sobre seus ombros.

Quem sabe se fazendo agora nossa revolução moral em um futuro próximo os brasileiros não tenham mais que suportar sobre seus ombros o peso da exploração em favorecimento de alguns; quem sabe cada individuo, cada um de nós se veja como alguém que deva ter princípios nobres, e que compreenda que o melhor jeitinho e o melhor "levar vantagens em tudo" é ser ético e ter respeito ao próximo e também às instituições e assim poder dizer de forma feliz: todo povo tem um governo que merece.

Lembrando que o processo revolucionário da França levou a outros tiranos e décadas de lutas. Uma revolução nunca é fácil; nunca é rápida. Mas sempre necessária. Principalmente a nossa revolução ética e moral.

(AEM, 03/16)