sábado, 21 de dezembro de 2013

Amor: uma questão de alma

Refletindo um pouco sobre a maior de todas as questões da alma: o Amor. Mas vou me ater ao amor humano; deixo por enquanto o Amor Divino. Amores humanos,  estes que já eram tema de Sócrates e Platão. Talvez tenha sido por todos os dez mil anos do Homem; talvez antes.

Creio que os cientistas, se não fossem tão pragmáticos, diriam que o Amor é questão desde que se formou a primeira célula no planeta; por sua vez os religiosos dizem que o amor existe para a alma desde que Deus tomou uma costela de Adão.


Mas deixo o pragmatismo porque Amor não é para racionalistas; está longe de ser ciência exata e penso que até os religiosos, que estão um grau acima dos cientistas estão longe de entendê-lo, porque amor é, definitivamente, a mais nobre manifestação da alma. Por isto humanos, tolos ou sábios, não conseguem entendê-lo de fato sem um quê a mais em seus currículos, que é senti-lo em seus aspectos mais profundos. Se nós o entendêssemos em verdade não teríamos tantos dissabores, lutas e preconceitos, principalmente com questões de sentimentos. Um Ser olharia outro e veria um igual, pois veria, antes de tudo, alma, pois os que amam sabem que amam porque somente a alma é capaz de amar.



A paixão - uma espécie de amor, que fala mais aos sentidos, e que se mescla com coisas da natureza física, que ganha em intensidade, em furor, apesar de perder em essências - poder-se-ia dizer que é como o furacão em sua voracidade, mas que está longe de ser como Amor que é como o tempo; que é eterno e que supera até os piores estragos das piores tormentas.

Esta questão Amor-paixão confunde. Juntando-se a isto a necessidade de perpetuação da espécie, que nos casos particulares, através da história da civilização, fez com que se tornasse perpetuação de povos, etnias, castas, de família que não deveria “degenerar”, etc., fez-se, e faz-se ainda, todos os conflitos, sejam de sociedades inteiras, sejam no íntimo do individuo. Dai surgem todos os preconceitos e dores sociais, pois parece que ainda não se percebeu que o Ser Humano não ama apenas para procriar semelhante, mas que ama pelo próprio amor. Ama o amor que não vê coisas físicas, mas alma. Porque Amor é verdadeiramente uma manifestação da alma. Amor é essência plena. Amor é o que é: simplesmente incompreensível para conceitos que não venham da alma.

(AEM, 2013)

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