O fim do reinado da esquerda no Brasil trouxe a comentários de que estávamos voltando para o ano de sessenta e quatro. A referência ao estado de caos políticos que foram os anos sessenta, em verdade não tem absolutamente nada a ver com o que vivemos nos dias atuais. Tudo não passa de falácia e desculpa de quem sabe que carrega uma grande divida com a nação.
Por outro lado não duvido que de certa forma estamos sim muito próximo aos anos sessenta do século passado, pois o ponto em que o país atravessa em vários setores demonstram um claro retrocesso, óbvio os mais visíveis são na educação e saúde.
A educação pública brasileira é uma das piores do mundo, muito diferente da que eu tive de passar (passar pelo ensino em meu tempo significava ter que passar de ano). Hoje as escolas estão tomadas por professores desmotivados e alunos sem expectativas, sintoma de caos que se revela na violência e nos vícios nefastos que explodem nas escolas.
E com a educação básica estando muito abaixo do mínimo para ser considerada básica, gerou uma cultura que beira a mediocridade, e o que se vê é uma fomentação cultural para ser consumida como fast food, que enche, mas não sustenta. Daí a anemia intecto-cultural em que estamos inseridos.
E com a educação básica estando muito abaixo do mínimo para ser considerada básica, gerou uma cultura que beira a mediocridade, e o que se vê é uma fomentação cultural para ser consumida como fast food, que enche, mas não sustenta. Daí a anemia intecto-cultural em que estamos inseridos.
Na saúde, alem do sempiterno vergonhoso atendimento ao cidadão, para piorar ainda mais as coisas temos o retorno de doenças há muito tempo já controladas e ainda vemos o avanço de epidemias causadas por vetores que estão tomando a sociedade. Um dos casos mais claros deste estado de abandono foi o avanço da febre amarela na região sudeste. Das doenças provenientes do aedes aegypti nem é necessário comentar.
Além destes fatos tão marcantes e presentes em nosso dia-a-dia algo que pouco se fala é de nosso processo de desindustrialização. Desde que Fernando Collor, quando presidente, iniciou um processo de abertura para importação sem critérios a indústria brasileira começou a ir para o ralo. Depois nem FHC, Lula, Dilma ou o vampiro fizeram nada que invertesse este estado de coisa. Estamos cada vez mais indo para o tempo em que nossa economia se baseava no café, ou seja, estamos voltamos para o século XIX, se as coisas não se inverterem um dia iremos sonhar com sessenta e quatro. Pr sorte hoje temos também soja, trigo, milho, gado, etc.
Sem contar que nossas universidades estão todas sucateadas. Atualmente o retrato do ensino superior do Brasil é o que está expresso no slogan das propagandas das faculdades particulares: “seu emprego garantido”, algo mais ou menos parecido com isto, ou seja, o brasileiro está sendo preparado única é exclusivamente para o mercado de trabalho. Passando longe de uma proposta de desenvolvimento tecnológico e intelectual.
A grande falha nesta teoria é que só terá emprego quem for para o campo.
Bem! De certa forma resolve o problema da educação, enfim, estudar não será necessário, porque nossas lavouras serão como as de antigamente, na enxada mesmo, porque tecnologia nunca tivemos, não é a partir de agora que vamos passar a ter.
Mas, quero esta otimista, preciso de estar, por isto estou esperando desesperadamente o retorno para o século XXI, porque há outras nações que já estão pensando o século XXII.
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