terça-feira, 19 de março de 2013

A QUESTÃO DO ISS PARA ARTISTA GUARULHENSES


Fazer cultura em Guarulhos não é tarefa fácil, embora a cidade seja pródiga em números e frações ditas em milhões. Mas, não é privilégio de nossa cidade a falta de vontade com a Cultura. Isto de fato é uma questão nacional (e irracional); creio que pode se dizer que é uma questão cultural brasileira (se é que me faço entender). A cultura é sempre o patinho feio para as verbas públicas que são jogadas nas obras disto e daquilo. E também não são para Educação e Saúde, pois estas também não andam bem de saúde; os prédios de hospitais e escolas até que surgem daqui e dali, mas são somente obras para onde vão as verbas. De fato, não se constrói Educação e Saúde, mas apenas esqueletos.
Neste estado desajustado de coisas onde o básico é relegado e usado apenas como plataformas abstratas e gritadas como pontes concretas para um futuro que está cada vez mais no futuro falar-se em Cultura de verdade chega a ser ridículo.
Ser ridículo, então. Que seja!
Daí surge uma questão que chama atenção para os poucos artistas que são moradores de Guarulhos que são contratados pela Prefeitura para se apresentarem nos eventos públicos é o de terem de pagar ISS. Artistas de outras cidades/estados que se apresentam aqui são isentos.
É no mínimo curioso o fato de contribuintes guarulhenses que pagam todos os impostos e mais alguns ao longo do ano terem de pagar mais este, enquanto artistas que vêem à cidade somente para ganhar são isentos; isto para a mesma natureza de serviço.
Certamente há razões para tal; razões burocráticas, diga-se.
Razões de um estado despreocupado com Arte e Cultura. A burocracia sempre é despreocupada. A burocracia é simples em sua complexidade idiota.
Pior é ver a conivência e falta de questionamento por parte dos interessados. Paga-se simplesmente e não se questiona.
Não se faz nada.
Medo? De que?
Ou será que estamos todos burocratizados? 

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