A GRANDE ÁRVORE - 1942
Chaim Soutine
Smilovitch, Lituânia, 1894 - Paris, França 1943
A Grande Árvore, 1942
Chaim Soutine
99 cm x 75 cm
Óleo S/ Tela
MASP
O detalhe
Um casebre despretensioso
Detalhe de A
Grande Árvore de Chaim Soutine
Em A Grande Árvore, Chaim Soutine cria uma forma, uma massa, quase
abstrata, em pinceladas que parecem dançar e nada quer mostrar como um detalhe
a não ser as próprias pinceladas que apresenta a obra em um expressionismo
muito próprio. A árvore, dominando quase a totalidade do espaço da tela, tem
seu desenho marcado por um tronco envolto em folhagens que parecem não querer
criar formas figurativas, mas que mesmo assim se mostra como tal, tornando o
figural em figurativo. A primeira vista o que surge são massas de verdes
envoltos em azuis dando a forma ao desenho que, com isto, dá uma exuberância
que domina a tela.
Mas, eis que em meio ao domínio verdejante um vermelho em duas, ou três,
pequenas pinceladas surge criando um telhado. Surge um casebre quase que por
acaso; despretensioso. O vermelho, que em traços diagonais discretos no canto
inferior da tela, abaixo de toda massa, sustentado por pequenas pinceladas
verticais, também em tons verdes, quase abstraindo as paredes, pode até passar
sem ser notada, mas em sua simplicidade figural, mesmo neste detalhe cria-se o
figurativo. E aqui Soutine cria uma ambientação que dá ênfase à própria árvore
e a vegetação no entorno.
(AEM, 2014)
(AEM, 2014)


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